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Projeto Colina, da PLS, reforça o potencial da cadeia do lítio em Minas Gerais

Durante seminário em Brasília sobre minerais críticos e estratégicos, o vice-presidente da PLS no Brasil, Leandro Gobbo, apresentou as iniciativas relacionadas ao Projeto Colina, em Salinas, no

30 de maio de 2025

Durante seminário em Brasília sobre minerais críticos e estratégicos, o vice-presidente da PLS no Brasil, Leandro Gobbo, apresentou as iniciativas relacionadas ao Projeto Colina, em Salinas, no Norte de Minas Gerais, no Vale do Jequitinhonha, e as ações voltadas à infraestrutura na região onde o empreendimento está inserido, com reflexos positivos para as comunidades locais.

Gobbo participou do painel sobre investimento e infraestrutura ao lado de Mila Corrêa da Costa, secretária de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais; Emily Olson, diretora de Sustentabilidade e Assuntos Corporativos da Vale Base Metals; e Henrique Carbalhal, presidente da Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM). O debate foi mediado por Maria Stela Miglorância, da assessoria internacional do Programa de Parcerias de Investimentos, da Casa Civil da Presidência da República.

O executivo apresentou a estratégia da PLS para o Brasil e o reposicionamento global da companhia, que agora reflete uma atuação mais ampla na cadeia de valor do lítio, indo além da mineração e incluindo o processamento químico. “A mudança de nome também foi impulsionada pela nossa expansão internacional. A aquisição da Latin Resources, empresa júnior de exploração no Brasil, marcou a entrada da PLS no país”, explicou.

A PLS é atualmente a quarta maior produtora mundial de lítio e mantém parcerias estratégicas com empresas como a POSCO, na Coreia do Sul, e a Calix, na Austrália, com foco no desenvolvimento de tecnologias inovadoras para a indústria do lítio. “Nosso projeto é ancorado em uma infraestrutura robusta, planejada para o crescimento sustentável”, afirmou.

A escolha do Brasil como destino estratégico foi resultado de uma decisão global da companhia, reforçada, segundo executivo, pelo êxito de projetos desenvolvidos na região de Araçuaí, Itinga por outras empresas, como a CBL e a Sigma, que abriram caminho para novos investimentos no Vale do Jequitinhonha.

Desafios de infraestrutura

Gobbo destacou ainda o potencial transformador do Projeto Colina para o Vale do Jequitinhonha, uma região historicamente marcada pela carência de infraestrutura. Ele citou iniciativas da PLS para levar conectividade, como a instalação de torres 4G para disponibilizar internet às comunidades do entorno do projeto.

Entre os principais desafios identificados está a deficiência de uma infraestrutura mais robusta na região. Nesse sentido, a PLS tem atuado em cooperação com os governos estadual e municipal para viabilizar obras estruturantes que contribuam para o desenvolvimento local.

A empresa tem se comprometido com investimentos relevantes, como a construção da nova sede da Guarda Mirim — iniciativa voltada à preparação de jovens para o mercado de trabalho — e o apoio à ampliação do aeroporto, com o objetivo de melhorar as condições logísticas e operacionais da região, sempre com foco no impacto social positivo.

Os estudos que embasam o desenvolvimento do projeto deverão ser concluídos até meados de 2026, quando a empresa poderá tomar a decisão sobre os próximos avanços necessários para sua implementação, contingente ao preço do lítio.

Para Gobbo, o envolvimento das empresas privadas em questões de infraestrutura deve fazer parte do compromisso social do setor mineral. “As empresas têm um papel ativo a desempenhar, especialmente quando seus projetos geram impactos nas regiões onde atuam”, concluiu.

Emily Olson, diretora de Sustentabilidade e Assuntos Corporativos da Vale Base Metals, concordou com a avaliação de Gobbo sobre a importância de o setor privado se comprometer com o desenvolvimento da infraestrutura nas regiões onde atua.

Emily enfatizou que infraestrutura vai além de estradas e ferrovias. “É sobre pessoas”, disse. Ela ressaltou a importância da infraestrutura social, que apoia tanto a excelência operacional quanto o bem-estar das comunidades locais. “Esses investimentos criam valor a longo prazo, atraindo e desenvolvendo os melhores talentos.”

A secretária de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais, Mila Corrêa da Costa, apresentou as principais estratégias adotadas pelo governo estadual para fomentar parcerias com empresas, instituições de pesquisa e outros atores, com o objetivo de compartilhar riscos e impulsionar a produção de minerais estratégicos.

“A proposta é construir uma ponte entre os institutos federais, universidades e o setor privado, utilizando os recursos públicos de forma eficiente para estimular o desenvolvimento econômico regional”, explicou a secretária.

O Seminário Internacional de Minerais Críticos e Estratégicos é uma iniciativa do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram). O evento reuniu, em Brasília, especialistas, autoridades e executivos de empresas mineradoras para debater o papel do Brasil na transição energética global.

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